domingo, abril 30, 2006

São duas da manhã. Amanhã acordo ás 6h45. Portanto sou obrigado a ser breve. Sem grande detalhe ou conteúdo. Um resumo apenas...

Vancouver é muito, muito bonito. Pelo menos o passeio que fiz ao longo da marginal pelo parque Stanley, valeu claramente a pena. Três estrelas michelin...

Estou agora no quarto do hotel depois de um jantar no melhor restaurante japonês de Vancouver. Daqueles japoneses hard-core, onde temos que jantar descalços e não percebemos o que os empregados dizem. O menú foi sugestão do chefe. Isto é, era surpresa... E era o menu 100 dólares, imaginem. Isso e mais 2 cervejas de 650ml, cada!!! Com alguns canadianos amigos do Zé Miguel e alguns chefões da radiologia americana!

O pré-congresso foi de borla. Bem como o jantar. Zé Miguel!!!

Sou obrigado a dar o braço a torcer: as empregadas do Cactus Club...

sábado, abril 29, 2006

Vou mudar-me de armas e bagagens para Vancouver. Por uma semana. Não sei se vou conseguir manter o mesmo ritmo quase diário de débito de informação inútil ou comentário desajustado... Mas vou tentar! Até porque  o Zé Miguel vai "actuar" em casa e servir para dissecarmos, de uma forma antropológica, como funciona um predador no seu habitat natural.

Uma das livrarias do aeroporto tem daqueles placares com a cotação da bolsa em tempo real! Podia-lhes dar para pior!

No país com 5% da população mundial e 25% do consumo energético, a água corrente da casa de banha é morna, para o quente. Está já regulada. Uma só torneira. E só água quente.

Esperei uns minutos largos na fila da United Airlines. Eu e uns quantos... Para Vancouver. Depois disseram-nos que estávamos enganados. Vancouver é voo doméstico e não internacional!!! Vá-se lá saber porquê...

sexta-feira, abril 28, 2006


PARABÉNS. Um beijo


Choque petrolífero e Mundial de Futebol de mãos dadas!

Outra sugestão: Já imaginaram o tridente fabuloso Laurent Robert de um lado, Rui Costa no miolo, Robert Pires do outro, todos os eles a trabalhar para o Roger Milla dos Camarões...

Dúvida filosófica: Será que o Pinto da Costa vai tentar roubar o Marco Ferreira ao Benfica?


Só visto!!! Passo a citar: "A iraniana Fhimeh Zarie luta pela posse da bola com a guarda-redes alemã Boras Paraskewi, durante um jogo entre a selecção nacional feminina do Irão e uma equipa formada por atletas de Berlim-Kreuzberg, no Estádio Ararat, em Teerão. Esta foi a primeira vez que a selecção iraniana feminina pôde jogar no seu país contra uma equipa estrangeira. A assistência foi constituída apenas por mulheres, já que não é permitida a entrada de homens."


No país da Scarlett Johansson, sim repito, no país da Scarlett Johansson, fui invejado pela fotografia que aqui posto em rodapé. Tratar-se-á seguramente de uma malévola ironia...

Ao mostrar as fotografias do sítio mais bonito de Portugal (yes, the Azores Islands), residentes e fellows "gringos" não deixaram de reparar na "supremacia" do sexo fraco, enaltecendo o estado da arte da radiologia portuguesa. 
E estabeleceram comparações com a internagem de cá. Comparando o que não tem comparação. A radiologia nas américas é uma especialidade de homens... e algumas mulheres feias.

Apesar de tudo, sou obrigado a esclarecer que não há cruzamento ou passadeira, que não olhe em redor, à procura da Scarlett ou Natalie Portman... Quem sabe!!!

Aflito, como seria de esperar, com dois posters para acabar... Os portugueses não têm mesmo emenda... Ah ah, é tão bom deitar as culpas próprias para o colectivo, invocar o triste fado da nossa condição de portugueses. O chamado sacudir a água do capote

quinta-feira, abril 27, 2006

A distant friendship could begin to look more promising... 

Pois, pois... Estava escrito num daqueles papelinhos que vêm com os bolinhos da sorte, daqueles que é preciso partir para se poder comer... Daqueles que vemos nos filmes do Karate Kid com o senhor Morita! Pois comi hoje o primeiro... É bom. No fundo é uma língua da sogra mais pequenina, fechada, com um papelucho no meio... Foi um dos fellows que ofereceu... É de origem oriental e nasceu no Hawaii.

O António aproveitou para contar que uma vez uma porrada gente da mesma cidade ganhou o totoloto... Perante a improbabilidade estatística de isso acontecer sem "sacanagem" foi averiguar-se e então percebeu-se que todos os vencedores tinham comido bolinhos da sorte do mesmo restaurante e portanto do mesmo lote. E por isso, como meninos obedientes, toca a preencher o boletim de acordo com aquilo que os deuses chineses (ou Confúcio?) ditaram... 

Já viram o raio de azar daquela gente! Da única vez que ganharam o totoloto, tiveram logo que o partilhar com não sei quantos desconhecidos!!! Eu sentir-me-ia ludibriado... Bolinhos da sorte...pufff

O desespero de ter um artigo para rever para a AJR obrigou-me a deitar já passava das quatro. E com imensas referências bibliográficas a imiscuirem-se no sono REM.

Por isso, depois de 3 horas mal dormidas, vegetei qual Zombie na reading room, local propício para a estimulação cerebral permanente, com as luzes apagadas.

Aproveitei o almoço para... sim... vir dormir uma hora a casa. Muito bem... Dia de manifestação!!! Suspeitei logo quando vi dois carros de polícia estacionados.

De um lado da rua meia dúzia de gatos pingados, com claro mau aspecto, fazendo lembrar aqueles loucos, de ar alucinado dos filmes americanos, a quem só falta abrir a gabardina, a protestar contra a experimentação animal.

Do outro lado, um grupo de fedelhos a cantar "a
capella" e a distribuir umas revistas e uns livros. "Vamos fazer um impeachment ao Dick Cheney", " Vamos mandar o Bush àr urtigas". AZAR!!! Um deles apanhou-me. Era um esquizofrénico do pior. Debitou-me qual testemunha de Jeová todas as malandragens do Sr Bush e afins e duns democratas quaisquer que eles próprios queriam arrear do poder... Pois Eles eram a luz do partido Democrata... os herdeiros de Roosevelt. E bla-bla-bla. Estão a imaginar-me pedrado de sono, esfomeado, com uma caixa de comida take-way na mão, a ouvir o sermão de um palerma de olhar vidrado que enumerou todas as patifarias e esquemas rebuscados que estavam a provocar a subida do preço do petróleo. O otário do português ainda lhe respondeu que parte desse problema residia no crescimento exponencial da procura do petróleo das economias emergentes como a China ou a Índia, ao qual ele rosnou "O que queres dizer com isso?"

Já só fazia as contas à vida e por quanto teria que vender a alma. Perguntei quanto custava a revista e se podia ajudar. A minha salvação ficou por 5 dólares, coisa pouca mas que poderia ter sido mais pois o fanático viu notas mais gordas na minha carteira e começou a protestar pelo valor da esmola.

Ainda tive que por o meu nome numa petição ou num qualquer papel em branco, tendo passado a chamar-me Manuel Guimarães. E peço desculpa ao verdadeiro titular do mail ruimanuel@mail.pt, mas na hora, foi a morada que me veio à cabeça...

Conclusão: Dormi duas horas...

quarta-feira, abril 26, 2006


Uma fotografia para animar a doentinha... As melhoras!

Aqui nos States há 5 feriados por ano. Repito cinco ou 5, para quem não percebeu bem. Ou não acreditou. Não é por mês. Trimestre ou semestre. É por ano.

Não adianta perguntar aos "camones" se sabem o que é ponte, bridge ou qualquer coisa de parecido. Ainda ficavam a pensar mal de nós. 

Mas acredito que é um desperdício ou falta de imaginação. Com a quantidade de etnias, raças, ou religiões era muito fácil arranjar-se um feriadito por semana. Ora em memória do soldado desconhecido. Da confederação. Da independência. Uns feriadozitos para os judeus. Outros para os cristãos. Baptistas, adventistas, católicos, protestantes, mormons. Um ou outro para os muçulmanos para não parecer mal. Não esquecer os hindus e os budistas. Os ateus e agnósticos. Os anarquistas. Tudo bem distribuído... Não esquecendo a ida à lua. A bomba atómica. Pearl Harbour. O Dia D. Pelo Buffalo Bill. Pelo Malcom X e Luther King. Pelo Michael Jordan. Pelos índios.

Com esta falta de imaginação, o que fazer à produtividade? Toca a trabalhar!!!

terça-feira, abril 25, 2006

O metro de superfície cá da Bay Area é para o fraquito. Algo raquítico, mirradinho, com duas ou três carruagens, pouco aristocrata, perdendo-se amiúde no meio dos carros, valendo o pouco trânsito nas áreas que percorre na epiderme do asfalto. E imaginem que pára nas passadeiras. E nos cruzamentos. E nos sinais Stop. Não, não é abrandar a marcha. Nem travagens de emergência. É abrandar e parar. Mesmo. O que imagino que seja uma seca para quem está a iniciar o internato de cirurgia... pois não devem ganhar mão nenhuma com aqueles velhinhos em quem nós todos treinámos, que servem de bolinhas de pingue-pongue nos STCP da "inbicta". 

Então toca a imaginar que basta aproximar-me do passeio para que comece a abrandar ainda do outro lado da rua. O que é extraordinário, pois, não raras vezes, já me dei a olhar para o lado, DISTRAÍDO (não, não foi a assediar nenhuma catraia) e lá tenho o bicharoco à espera dos meus humores para atravessar a rua. 
Portanto pessoal, toca a estar descansado com o metro do S. João. Ele parar, pára. Nem que seja sobre a passadeira. E SOBRE tudo o mais que esteja na passadeira. Mas que é possível parar é... E temos sempre a sala de emergência ao lado. E já agora um ecógrafo de última geração... Portanto toca a olhar para as miúdas.


Na cidade epicentro do movimento hippie dos anos 60 e 70, pareceu-me apropriado. Serve também como provocação ao Xico...

Isto de ter uns internos dedicados é um luxo! Bastou um pedido por Skype antes de deitar, que ao acordar já tinha os documentos digitalizados na minha caixa de correio! E isto no dia da Liberdade! Obrigado Miguel. Obrigado Lina.

O António vai quarta-feira para Chicago para ter um curso. Para aprender a melhor forma de pedir fundos e subsídios para a investigação! Até no pedinchar eles são profissionais. Não basta estender a mão. É preciso estendê-la na altura e direcção certas.
Será que as gentes do teatro, do bailado, do chamado cinema português, das fundações culturais, da revista à portuguesa, dos festivais anuais, bienais e afins alguma vez teve uma acção profissional deste género? Ou será preferível a técnica do “dar o jeitinho”, da pequena e grande cunha e o chorar baba e ranho nos media do nosso burgo?

segunda-feira, abril 24, 2006


Penso que não subscreverei na totalidade. Até porque muitas delas não conheço sequer o cheiro, quanto mais o sabor, a qualidade de espuma, a leveza do paladar. Qual será a que dá menos ressaca?
Nota: Apreciação por Francisco José Viegas, alguém de comprovado bom gosto e/ou portista dos sete costados...






Serralves do sítio. Museum of Modern Art. SFMOMA, para os amigos.


Não há um dominó ou uma sueca? E porque não jogar à bisca?
Nota sociológica: Grupo etário heterogéneo, mas média inferior à observada nos jardins e tascas do Porto. População também ela heteogénea e democrata, com múltiplos sem-abrigo e pedintes. O xadrez ao serviço do povo!!!






Mais uma noite bem passada e bem jantada, num restaurante na Haight Street, que obriga a uma espera média de 60 a 90 minutos para sentar. Valha-nos a compania, a cerveja (vai um Anchor Steam?) e a sangria... É um restaurante com pequenos pratinhos, tipo tapas, alegadamente de comida cubana, daí o nome Cha-Cha-Cha (?)



Amoeba Musicstore. A tal loja independente, gigantesca. Coberta de posters. Com milhares de CDs, DVDs, cassetes (?), vinil (?) e sucedâneos.
Notar um postal que apesar de estar a vários quarteirões do hospital, depois das nove da noite, pesquisa de forma concentrada uma qualquer lista de DVD's. Com o fato de bloco. Ora nem mais... É o chamado "amor à camisola".

Este fim de semana foi passado a trabalhar. Pesquisas bibliográficas. Posters. Revisão de artigos. Tudo aquilo que menos gosto de fazer.
Irra! Salvou-se a música.

Reparei primeino num dos residentes. Achei estranho, mas poderia ser uma característica do rapaz. Aliás o seu apelido é Funkymunky e é de origem japonesa. Tem cara de miúdo, mas é enorme, com uns ombros de assustar e pelos vistos pratica uma qualquer arte marcial em que os brasileiros também são bons. Mas voltando à característica que quero descrever e que reparei depois em muitas outras pessoas é o uso da canetita, presa entre a têmpora e a orelha. Sim, exactamente. Como o Xico Pedreiro, o Zé Merceneiro ou o Neca Padeiro. Não sei se será moda, tique. Ainda não extrapolei estatisticamente. Deveria fazer um grupo caso-controlo. Prospectivo ou retrospectivo, não sei, mas parece-me que é mais comum nos orientais. Vá-se lá saber porquê!

domingo, abril 23, 2006

Por estas bandas, os bancos têm claro mau aspecto. E os funcionários apresentam-se de polozito preto, coçado, pior arranjados que empregados do McDonald's. Será por isso que até os homenzitos dos correios lhes perderam o respeito e o meu cartão multibanco ainda está em qualquer esquina, numa qualquer filial manhosa? Se ainda conseguissem enviar o cartão por via wi-fi...

sábado, abril 22, 2006


Apesar dos SuperDragões

Serve esta missiva para agradecer de uma forma generalizada, mas que se pretende personalizada, às pessoas que têm lido o blog e enviado mensagens. Fico muito contente com isso. O blog tem-me dado mais trabalho do que pensava. Tentar transformar em pequenos apontamentos que se querem com algum humor, um dia a dia perfeitamente banal, não é sempre fácil.
Tenho tentado profissionalizar-me. Sem formação profissional ou financiamentos comunitários. Mas tento estar mais atento às idiossincrasias do local e das pessoas. Já comprei inclusivamente caderninhos para apontar o mais importante e engraçado. Cadernos Moleskine, como não podiam deixar de ser.
Queria agradecer ao Miguel, ao Zé, à Márcia, à Rosa Amélia, ao João Nuno, dr Nélson, Zé Mago e a tantos outros, que me ajudam a passar o tempo, a divertir e mesmo treinar a escrita...E peço desculpa por não responder, na maiora das vezes, pessoalmente aos mails, comentários e cumprimentos.

Tento parodiar um pouco o meu dia a dia. E a parodiar-me... Não acho que façam muito sentido grandes considerações filosóficas até porque corria risco de resvalara para raciocínios empertigados ou tiradas pretensiosas. Isso encontram facilmente noutro lado qualquer.

Prefiro ir contando alguns desventuras e surpresas diárias, aqui do outro lado do mundo. Serve também de diário, de companhia e de cordão umbilical. Sou português de gema. Nostálgico quanto baste. Que tem alguma fúria de viver. Que tenta obrigar-se todas as tardes a ir a algum café, exposição, passeio ou jardim. Com medo de estar a perder algo do que se esteja a passar. É uma forma de sofreguidão, bem sei. De insatisfação pessoal. Sei lá! De tentar recuperar algum dos tempos perdidos. O que vai lá vai, mas este blog serve também de catarse pessoal. Serve novamente para voltar a expor-me e dar às pessoas depois de um período de recatamento e cinismo! Repito, o que lá vai, lá vai, mas ficam sempre algumas marcas... Peço desculpa por elas e, claro, por mim!

sexta-feira, abril 21, 2006

Estão a imaginar que dentro de 6 horas, isto é às 7h45 tenho uma reunião do "pessoal" de investigação... Daria uma comédia se fosse no HSJ... Nem no dia 1 de Abril! Vou tentar fazer boa cara! E dizer que faço...

Há uns postais que vão para os cafés com headphones super-artilhados, daqueles que devem ter três ou quatro colunas em cada auricular, efeito surroud, bass boast e metros de fio, para juntamente com portáteis que parecem porta-aviões, começarem aos joguinhos e aos tirinhos! Não seria melhor ficarem em casa? Há algo mais anti-social que isto? Aceitam-se sugestões... Já tive para me acercar e perguntar-lhes se não era preferível jogarem com um qualquer joystick ou trazerem daqueles guiadores especiais de corrida, com pedaleira e tudo...

Beijos e Abraços

Começo a ficar nostálgico... Nos últimos dias ainda perdi umas horas, sim umas horas, a arranjar umas músicas de algum passado que ficou. Assim comprei umas faixas no iTunes do Clube de Poetas Mortos, de A Testemunha, Os Trintões... Agora procuro já sem esperança pela música do Starman... Tiques, manias, nostalgismos à parte, já tinha idade para ter juízo! Ainda para mais porque, musicalmente, não fico muito bem servido... Só falta o Dartacão, o Rui Pequeno Cid e o Tom Sawyer... E já agora o avô cantigas. Se ao menos tivesse algum ouvido, ainda podia alegar que me estava a preparar para ensinar umas músicas à Maria. Mas coitada da miúda, não merece tal cruz.

Bagel. Manteiga de amendoim. Pensei que a mistura fosse boa. Não sabia era que escolhi uma bagel com sabor a alho... Imaginem a combinação! E não quis dar parte de fraco... Foi um sabor que me perseguiu a tarde inteira...
Que raio de mistura!

Baldei-me à reunião de internos... Preferi ir a um concerto de música clássica. Mozart e Ravel. Entre o meio-dia e a uma da tarde, num dos auditórios do campus universitário. No fundo, optei por uma "rapidinha" de cultura com uma violinista e uma pianista. E com doentes, familiares de doentes e funcionários na plateia. Em Portugal teria antes o Goucha e o Jorge Gabriel aos gritos e aos saltos. E os inevitáveis e inenarráveis Quim Barreiros, Saul ou Nel Monteiro. Uma vez por ano, no Natal dos Hospitais. Aqui tem uma periodicidade semanal... Será que a Sónia Araújo pode dar cá uma saltada?

Descobri que o meu chefe é completamente maníaco. Obssessivo. Quando chegou hoje de manhã, começou a limpar furiosamente a sala de relatórios. A colocar as canetas em fila
indiana. Bancos para um lado e cadeiras para o outro. Telefones de uma maneira. Dictafones de outra. Seleccionou os papeis para deitar fora. Fez uma pilha dos outros. Enviou os restos do dia anterior para o sítio deles. E começou a relatar. De cada vez que se levantava, voltava a por as cadeiras e bancos no mesmo sítio. Ora com um pontapé ou um piparote. Credo! Vou dar-lhe a minha morada para ele passar por lá sábado. Mas que vá tarde, pois de manhã é para dormir... Deixo-lhe as chaves debaixo da soleira.

Se pudermos fazer amanhã, porque raio havemos de fazer hoje?

Eu a escrever aquilo sobre o meu chefe, enquanto estou no Groove Café... Olho para o lado, e está ele sentado no sofá, mesmo aqui pertinho, bem acompanhado... E eu aqui, sozinho! Às vezes cansa estar sempre com nós próprios, isto é, sozinho...

quinta-feira, abril 20, 2006


Já estou cadastrado... Com código de barras e tudo... Ainda estive para pedir uma daquelas pulseiritas electrónicas!


Vai uma bagel com queijo derretido?









Recolhendo alguns fragmentos dos últimos dias. Passeio pela Broadway Street e, claro pela Haight...

Três dias seguidos sem pingo. Ainda para mais soalheiros. O pobre desconfia da esmola...

Ora nem mais amanhã voltamos à mesma cantiga...

quarta-feira, abril 19, 2006

Um aparte... Para o Gil. E desculpa o atraso... Sim são os radiologistas gerais que fazem neuro. Ou melhor são dois. Um olha para o lado direito. Outro para o esquerdo. E depois o computador diz se está simétrico... 

O que acontece é que depois de terminarem a especialidade, estes marmelos fazem um fellow, de um ano, no fundo como uma sub-especialização. Em qualquer uma das áreas.
Mesmo durante esse período, não há um exame que saia das mãos ou do dictafone deles, que não seja revista, por alguém do staff, mais velho. 

Quanto a estágios, demorei este tempo a responder-te porque não conheço ninguém por cá que não seja de secção de abdominal. Esperei, por isso, por um brasileiro, que vem fazer um fellow de neuro por um ano. Acontece que o malandro apareceu por cá um dia (no meu primeiro dia) e depois desapareceu em parte incerta, alegando que estaria a procurar casa... Deve estar a fazer das suas! Mal possa envio novas...

De qualquer das formas um grande abraço... E para o ano há mais... Talvez até à última jornada, para poderem entregar o ouro, novamente, ao bandido! Vejam lá se não são ultrapassados pela instituição. Até porque no campeonato da 2. circular, entre o Ricardo e o Moreto... não sei não...


Depois da brincadeira... Prémio de fotojornalismo. A propósito da guerra do Iraque. Aquela do Bush, Aznar, Blair, ah, é verdade Durão Barroso.


BEST IN SHOW: Todd Heisler, Rocky Mountain News. As his son's funeral neared, Jeff Cathey's tears rarely stopped. He often found comfort in the men who shared his son's uniform. "Someone asked me what I learned from my son," he said. "He taught me you need more than one friend."

A imagem que a seguir vou mostrar pode impressionar os mais susceptíveis. Mas torna-se imperioso avisar os mais incautos...

NÃO COMPREM ESTE CARRO...

Conseguir avariar um carro, cinco minutos depois de comprá-lo não é para qualquer um. Obriga a uma escolha criteriosa. Um planeamento adequado. Um gerir das expectativas. Um bom controlo das "fugas" de informação. Uma publicidade eficaz. Mas sobretudo, na hora H, um profundo conhecimento de mecânica, de electrónica, da física e resistência dos materiais, dos pormenores mais desconhecidos dos transístores... Parabéns Miguel... És um profissional! Para quem julga que basta rodar a chave...


Anonymous said...
Digamos, que todos, incluindo a inefável louraça, primam pela rota bonomia, ou seja são todos suspeitos. O Sherlock, juntava-os a todos num divã e descobria-lhes, de imediato, os infindáveis podres . A ti, apenas te sugiro, que não te aproximes de um divã com qualquer uma destas criaturas.
O riso do chinoca é uma laracha muito batida no Eduardo 7º.
O David aponta com o polegar esquerdo para a bainha do casaco, como quem diz "dás uma volta de 90º e já lá estás".
O Matthew, não consegue esconder um fascínio pueril pelos chupa-chupas.
O Josh, assemelha-se ao "macaco" dos Super-dragões, depois de ir à tropa e ter sido "praxado" (eufemismo roto) pelo batalhão inteiro.
O Brian, bem que podia ser adjunto do Goucha, que ninguém acharia mal...
A Emily, evidentemente, não estará em causa no putativo convite, e dela não esperes qualquer arroubo ou aproximação.

Com comentários deste quilate, sou obrigado a prestar um vénia e sair de cena. Não sei quem escreveu. Mas a argúcia, a ironia e o humor estão lá. E fizeram-me fazer uma figurinha de urso quando no serviço todos trabalhavam e eu
à socapa consultando o meu mail, saquei uma valente gargalhada...

Estou num café junto ao cruzamento da Haight Street com a Fillmore. A primeira é o epicentro do tradicionalismo hippie (uma contradição, não?) e a outra é umas das ruas com cafés mais giros da cidade. Uma das grandes vantagens dos cafés da café é o gosto musical! Cocorosie, Antony and Johnsons, Bright Eyes, Arcade Fire, Andrew Bird e outras músicas que estão no top do meu Ipod... Ainda bem que o palerma do João Bonifácio, um pseudo-jornalista, pseudo-culto, com tiques de intelectual frustrado, que tem tempo de antena na revista Y do Público não anda por aqui! Um abraço a todos... E já agora ao Daniel, amigo desse Bonifácio e que faz anos próxima quinta. Um abraço Buchinha!


Dead or alive. Temo que este senhor tenha andado a fazer alguns dos comentários mais sarcásticos e irónicos. Chegou a hora de desmascará-lo...

terça-feira, abril 18, 2006


Estava prometido há uns tempos... Um dos xerifes cá da zona!






Fim de tarde visto do hospital... Finalmente um dia sem chuva. Sem nevoeiro. Sem nuvens. Sem choviscos. Sem aguaceiros. Sem guarda-chuvas.
Valha-nos o vento, para não ficarmos mal habituados.


Jantar no Café Enrico, um dos mais famosos de São Francisco... Do género do Majestic. Onde um trio tocava peças do Django Benhart...
Fiquei-me pela esplanada. Sempre me sentia mais à vontade, dado ser menos informal. Mas foi apesar de tudo um café frio, distante, consciente da sua posição aristocrática e algo snob. A cassoulet de pato estava boa, algo picante. Valeu sobretudo o pão!!! O primeiro naco de pão realmente saboroso comido aqui nos States. Já andava a ficar desconsolado!





Um belo café/pub, bastante fotogénico, diga-se... Café Vesúvio, um dos berços da 'beat generation', dos Kerouac's e Ginsberg's. Uma Guiness à sua memória. Brindemos!