sexta-feira, abril 21, 2006

Bagel. Manteiga de amendoim. Pensei que a mistura fosse boa. Não sabia era que escolhi uma bagel com sabor a alho... Imaginem a combinação! E não quis dar parte de fraco... Foi um sabor que me perseguiu a tarde inteira...
Que raio de mistura!

Baldei-me à reunião de internos... Preferi ir a um concerto de música clássica. Mozart e Ravel. Entre o meio-dia e a uma da tarde, num dos auditórios do campus universitário. No fundo, optei por uma "rapidinha" de cultura com uma violinista e uma pianista. E com doentes, familiares de doentes e funcionários na plateia. Em Portugal teria antes o Goucha e o Jorge Gabriel aos gritos e aos saltos. E os inevitáveis e inenarráveis Quim Barreiros, Saul ou Nel Monteiro. Uma vez por ano, no Natal dos Hospitais. Aqui tem uma periodicidade semanal... Será que a Sónia Araújo pode dar cá uma saltada?

Descobri que o meu chefe é completamente maníaco. Obssessivo. Quando chegou hoje de manhã, começou a limpar furiosamente a sala de relatórios. A colocar as canetas em fila
indiana. Bancos para um lado e cadeiras para o outro. Telefones de uma maneira. Dictafones de outra. Seleccionou os papeis para deitar fora. Fez uma pilha dos outros. Enviou os restos do dia anterior para o sítio deles. E começou a relatar. De cada vez que se levantava, voltava a por as cadeiras e bancos no mesmo sítio. Ora com um pontapé ou um piparote. Credo! Vou dar-lhe a minha morada para ele passar por lá sábado. Mas que vá tarde, pois de manhã é para dormir... Deixo-lhe as chaves debaixo da soleira.

Se pudermos fazer amanhã, porque raio havemos de fazer hoje?

Eu a escrever aquilo sobre o meu chefe, enquanto estou no Groove Café... Olho para o lado, e está ele sentado no sofá, mesmo aqui pertinho, bem acompanhado... E eu aqui, sozinho! Às vezes cansa estar sempre com nós próprios, isto é, sozinho...

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