segunda-feira, agosto 21, 2006

Mulher de 133 anos, na melhor das hipóteses. Cabelo laranja, rarefeito. Muito pintada, daquela forma que já não se sabe o que é lábio do que é traço de baton, o que é sobrancelha... Tremor do tipo parkinsónico. Dificuldade em deambular. Mal humorada. Esta sujeita era apenas a motorista do metro de hoje à tarde. O metro que se recusava a avançar e esteve parado durante largos minutos à espera dos humores do aparelho ou dos caprichos da motorista. Que exigia aos passageiros que não se encostassem às portas. E saiu duas vezes do seu posto para fazer a inspecção ao Muni, no seu passo trópego e caricato.
Depois lá decidiu avançar para um dos túneis que necessariamente teria de atravessar. A uma velocidade comparável à sua marcha. Foram minutos largos para fazer umas centenas de metros. Não era possível andar mais devagar. Só parado mesmo. Depois do túnel, na primeira paragem, a senhora decidiu que não faria stop. Agora imaginem dezenas de pessoas à espera (até porque era dia de jogo dos Giants), a verem o metro a passar a uma velocidade ridícula, sempre na expectativa que estaria quase a parar e a darem mais um passo e outro e outro, e mais outro, a seguir a marcha imparável da carruagem, como que em procissão. Até que se aperceberam do embuste!!!

Eu e o meu irmão só nos ríamos. Ainda bati palmas quando vimos a luz ao fim do túnel, já depois de ter sugerido que a pobre senhoria deveria ter adormecido!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

O que esperavas de uma pessoa supostamente, como dizes, com 133anos. Ainda muito faz ela...