A noite de sábado foi dedicada à salsa e merengue, no Canvas, o tal café-galeria de arte-centro de stand up comedy-internet café e por aí adiante. Como devem imaginar este pé pesado, limitou-se a encostar a uma coluna, uma parede ou um outro banco, beber uma cerveja, conversar com o André e Rochele e sobretudo divertir-se com o jardim zoológico... O público era bastante eclético. Elas estavam razoavelmente compostinhas, umas mais produzidas que outras, umas mais bonitas, outras melhor dançarinas... Eles acabavam por ser o highlight da festa... Alguns deles poderiam entrar directamente no Godfellas do Scorcese ou no Padrinho. Como aquele de um metro e cinquenta, cabelo ralo, já branco, esquálido, com ombros de capanga, de fato com ombreiras a reforçar a condição de latino mafioso que convidou a Rochele para dançar. Ou outro que poderia ser o Dennis Hooper do Blue Velvet, mais gordinho e da cabelos arruivados. Não esquecendo o mastodonte de 140 kg, barriga de 9 meses, estado pré-enfarte do miocárdio, bigodinho e torrentes de suor a empastar o cabelo, muito profissional, com a toallhita branca pendurada no bolso direito das calças para compensar a sudorese profusa... O oriental de cabelos loiros, óculos de armação vermelha e camiseta "Mambo Boy". Ou o "bailarino" de sapatinho branco, camisa aberta, calça justa e chapéu de capanga enterrado na fronte... Muitos latinos, muitos orientais, alguns afro-americanos. Todos eles a dançarem furiosamente, vigorosamente, escolhendo uma dama para acompanhar por música. Qual ritual... Começava a música, escolhia-se o par. E daí por diante. Ninguém tinha par fixo. Ninguém era recusado. A qualquer um podia calhar a Cinderela por uns minutos. Estava-se ali para dançar. Os americanos anglo-saxónicos eram os pareciam mais desajustados ao ritmo frenético. Claro que sob muitos prismas, o mais postal de todos os personagens, era o narrador de Valbom.
terça-feira, junho 13, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Safaste-te ou não?Essa é a questão.
Enviar um comentário