quarta-feira, junho 28, 2006

Ser cão aqui em São Francisco é difícil. E exigente. Têm que andar sempre impecavelmente escovados, atrás dos donos, não podem deixar recordações em qualquer lado e, sobretudo, necessitam de uma forma física assinalável. Sem gorduras. Só corrida de explosão e resistência... Não há dono que se preze que não os obrigue a dar voltas malucas, esbaforidos, atrás de uma bola de ténis, frisbee, boomerang, disco, o que quer se seja. E eles saiem sempre disparados. Com mais ou menos jeito. Bem ou mal sucedidos. Mas ao contrário do que me era hábito, cansam-se eles mais rápidos que os Patrões... 

E já não falo daqueles com vestes ridículos ou então aqueles cães espirra-canivetes, com uma coleira toda fashion, que andam a passear pela trela, o dono, o namorado do dono, os tiques amaricados de ambos, e o também feioso e desajeitado cão do namorado do dono. 

3 comentários:

Anónimo disse...

Anda-te embora!

Anónimo disse...

É a verdadeira vida de cão!Coitados...Não haverá cães gays ou cadelas lésbicas aí? Se assim fosse, o melhor amigo do homem não destoava no conjunto!

Anónimo disse...

Lawrence Ferlingheti, dono, ex-dono, da city light books, tem um super poema sobre um cão em Frisco...
Recomendo que leiam..
Francisco Lobo