Um figurão de fato e gravata, mala, óculos de sol, encontra-se de pé num metro, praticamente vazio. Afasta os pés, dobra ligeiramente os joelhos, flecte o tronco e retesa-se. Toda a sua concentração converge para os punhos que se encontram sobrepostos, flectidos, em tensão, agarrando um taco de golfe imaginário. Entre as diferentes paragens, o gesto repete-se. Para trás, para a frente, pára, volta atrás, repete, pancada. Sempre com a mesma força, imagino que sempre com o mesmo taco imaginário. Não sei se terá acertado alguma vez no lugar certo! Mas terá sido por pouco.
quarta-feira, junho 13, 2007
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2 comentários:
Neste tempo de defeso, devo confessar, que também eu marquei e festejei junto da minha claque soberbos golos imaginários...
De outras rituais imaginários, nem é bom falar...
Ninguém se espanta por alguem viajar a ouvir música ,estudar,é uma forma d estudo.
Ontem fui ouvir a Gal ao Coliseu.Soberba! Só com um violonista.Dez zero nessas lambisgoias que cantam como quem acabou a quimioterapia e lhe foi dito que foi em vão.
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