quinta-feira, junho 07, 2007

Com as devidas autorizações...

Fiz o check in e sentei-me, claro, em frente a uma rapariga bonita. Perguntei-lhe o que tinha no saco de mão. Um gato. Claro que perguntei se podia ver, ao que ela acedeu. Claro que insisti que o gato era o máximo e claro que disse que também tinha um. Pronto. That's it. Claro que começámos uma conversa de 2 horas. Tinha 28 anos e é de Israel (Tel Aviv). Estuda veterinária em Filadélfia, e é muito engraçada. Claro que fiquei com o e-mail…para o caso de ir a Israel de férias….

Depois, entrei no avião, tinha o lugar ao meu lado vago… por pouco tempo. Um rapaz com tranças e chapeuzinho perguntou-me se (eu) podia trocar de lugar com a senhora de 60 anos, sentada atrás de mim, ou seja, ao seu lado. A razão era porque os J…. não podem viajar ao lado de mulheres. Não pensei e aceitei. Claro que me f… porque tive 9 horas ao lado dele quando podia ter um lugar vago ao meu lado. Como se não bastasse, começou a ler a sua “bíblia”. Pediu comida que nem tocou. Só bebia água com gelo. Para meter-me com ele perguntei se não bebia álcool. Claro que sim, respondeu, mas não fermentado ou fermentado, ou fervido, e sem intervenção de pessoas que promovam a idolatria, o que promovendo, não pensem nisso enquanto trabalham o vinho. Vinho Kosher. Estive quase para perguntar como era na cama, se fornicava ou tinha que esperar por alguma bênção ou mensagem divina. Mas faltou a coragem.
Nove horas ao lado dele devem ter sido uma praga da Bárbara. Foram nove horas de balouço para trás e para diante a ler a bíblia. Mais que uma vez estive para perguntar se estava com prurido anal...
José Miguel

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