quarta-feira, maio 16, 2007

Prémio Uma Vez Piegas Sempre Piegas


O JPP dá uma no cravo e outra na ferradura. Eu prefiro o cravo. A putativa pieguice. Isto é, prefiro a minha memória de criança. Terá sido seguramente o livro que mais vezes li. E reli. E terei vertido uma ou outra lágrima. Com as histórias do mês. Com a dignidade da pobreza. Com a solidariedade. Com as injustiças. Com a doçura e crueldade das crianças. Não sei se é piegas ou não. Sei que ajudou a formar-me. A balizar alguns princípios. Será um livro a oferecer à Maria. Ou se ela tiver tempo, a ler-lhe antes de adormecer. À atenção dos meus pais.

3 comentários:

Anónimo disse...

"As lágrimas com algum juízo, são aquelas que se misturam com o riso."

(anónimo, nº mec 7234, 30 campeonatos)

Explico:
Lembram-se do filme "Cinema Paraíso"?
No meio daquela nostalgia tristonha, há uns curtidos que na própria sala de cinema, alteram os guiões a seu bel-prazer. Quanto me ri, entre lágrimas e até às lágrimas!

Anónimo disse...

Definitivamente ,a minha infancia não foi como eu a lembro.(nelson Moura)
Provavelmente muitos lembram coisas de outras infancias.Lembram apenas partes.Sentem um aperto de vergonha? Pois devo dizer que a maior parte passou muitas.Ah! A infancia!

Anónimo disse...

Por exemplo, o Dr. Nelson na comunhão solene, fatinho branco imaculado, ajoelhado em frente à virgem da Aparecida com um raminho de lírios brancos nas mãos...
Quem diria que aquele querubim de Belém do Pará se transformaria num ateu militante? num déspota iluminado?