segunda-feira, abril 09, 2007

Prémio Embirrações

O frio. O frio. O frio. A queda duns flocos raquíticos de neve em pleno dia de Páscoa nem me aquece ou arrefece. Literalmente. O que aborrece mesmo é o frio. O vento cortante. Que me leva a ser o único nas ruas de Tribeca. Nem vivalma. Só eu. E o maldito guia de viagem. Que de cada vez que abria gelava as mãos. E fazia sentir-me miserável. Por entre prédios de tijolo e ferro forjado, “industriais”, belíssimos, mas tristonhos, devendo esconder histórias difíceis e pesadas.. Do passado... Que agora Tribeca é para ricos, bonitos e/ou famosos.

Times Square. Fechada. Por dezenas ou centenas de polícias. Alguns a cavalo. Criam um perímetro de segurança. Não sei o que protegem de quem. Inúmeros grupos de miúdos e adolescentes negros andam em bando. À volta precisamente de Times Square. Não faço ideia do que se passou. Sei que vejo alguns polícias montados a dispersar alguns desses grupos encurralando e forçando-os a entrar numa entrada do Metro. Tudo muito simples, que o tamanho desses cavalões impressiona. Passo ao lado. Com o café na mão e desvio-me para o centro da rua. Um dos polícias apenas me pede para voltar para o passeio. Como se não se passasse nada. E de facto tudo estava aparentemente calmo!!!

A última moda aqui em termos de corte de cabelo é algo de indescritível. Qual cabelos à jogador de futebol ou ídolo dos Morangos com Açúcar, qual quê. Aqui usam-se cabelos curtos, cortados quase a regra e esquadro. Nem sei explicar muito bem. Os limites do cabelo são lineares, formando rectas perfeitas e depois angulam quando mudam de direcção. Não percebem pois não? Pois... Sinto-me incompetente para descrever. Vou tentar arranjar fotografias!!!

Um café latte no Starbucks custa 4 dólares. O que diria o meu avô desta roubalheira? É apenas café com leite. Leite agitado e “arejado”, para ficar com espuma. Não sei o que fica caro é o café, se o leite ou se a espuma. Presumo que seja a espuma. Pois em qualquer café normal somos livres de acrescentar a quantidade de leite que se quiser...

Comprei um telemóvel americano. Na Virgin Megastore. O mais reles possível. De plástico rasca, com aspecto mais foleiro que aqueles que se compra para os miúdos. E com sons e toques ainda mais inverosímeis. Assim, para o fraco. Mas fraco mesmo fraco. Apesar disso, segue os ditames americanos. Nada é de borla. Nada se transforma. Tudo se paga. Assim, paga-se quer se faça quer se receba chamadas...

1 comentário:

Anónimo disse...

Vamos ter de apostar na solução Heeronimos?