quarta-feira, abril 18, 2007




Como já escrevi antes, dois dos “Research Fellows” são egípcios. Ela, grandalhona, forte, de lenço na cabeça, despachada, sempre sorridente, daquelas que faz jus à boa disposição dos gordinhos. Ele também gordo, mas um gordo mais atarracado. Mais burgesso. Com dedos sapudos, gordurosos, que empestam o teclado. Limitado, mas aquele limitado arrogante que acha que sabe mais que os outros e que os outros estão sempre errados. Que os problemas dos trabalhos dele são por má informação do outros.

Ela não gosta dele. Não sei se ele gosta ou não dela. Mas já a ouvi lamentar que de todos os egípcios no mundo, ela tinha que vir a conhecer em Nova Iorque este postal...
Daqueles que usa três ou quatro exames de radiologia para servir de tapete e se virar para Meca. Que tem no computador um programa que dispara um alarme nos vários horários obrigatórios para reza. Um minarete informático. Com cantos a propósito. Ou a despropósito, se pensarmos que ainda hoje me assustou...

A semana passada levei o iPod e umas colunas novas. Como estava só com eles pus a tocar umas músicas árabes. As únicas que tenho. De uma desconhecida argelina, Souad Massi. O que fui fazer... Ao fim da primeira música, fui obrigado a desligar. Que o homem foi sacar todas as suas músicas do computador. Músicas religiosas e outras muito pindéricas. Daquelas com órgão electrónico. Muito fracas. Péssimas. Rapidamente saí daquela sala. Quem teve que aturar as música foram a egípcia e a iraniana. Ou belga. Conclusão? Passados uns minutos, as meninas apanham uma distracção do moço e apagam a directoria maldita.

São elas e eu. Ou eu e elas. Hoje a egípcia diz-me que fazia falta uma pessoa “maliciosa” como ela. Porquê? Simplesmente por que coloquei no desktop do computador a cruz de David.... Aguardam-se cenas dos próximos capítulos.

7 comentários:

Anónimo disse...

A minha penúltima esperança é o Pedro Froufe...
A última é o Bento!
Se tudo correr bem, ou seja se estes pedantes inchados que jogam melhor fora das quatro linhas, forem eficientemente entubados, eu vou fundar uma religião!...
Oremos...

Anónimo disse...

Ah... e atenção, se pensam que a máfia de NY está morta, estão redondamente enganados.
Ainda há alguns RAMOS da família activos...
De maneira que, se alguns desses engraçadinhos que andam aí a invocar o Santo Nome Do Glorioso em vão, forem descobertos num contentor remoto de Brooklin, não se admirem...

Anónimo disse...

Brooklyn...

Anónimo disse...

Haja fé...

Anónimo disse...

Aposto que o lugar de Papisa já está preenchido.Será obviamente uma ex-diretora de uma poderosa U.A.G não?

Anónimo disse...

Meu... ia dizer meu Deus,pena não termos essa diversidade de crentes e esse folk todo.Aqui é sempre a mesma treta e acaba sempre em-afé não se discute cada um na sua e tal ...o tanas! Uma boa guerrinha religiosa é melhor que as outras .Porque? É obvio.ocupa (ao contrario das tradicionais) o corpo e o espírito .Mobiliza .Tamos todos aí e tal .Há uma teoria a sustentar a ação que é compreendida por todos .É ou não é?Ai!Mau Mau mau mau...

Anónimo disse...

Agora estás absolutamente convicto de que Deus é apenas uma ideia sem sentido.Porque estás rodeado por bem estar.Neste cenário a ideia de "Vida para além desta" não faz sentido ou é incómoda.
O pior´virá quando fores confrontado com realidades bem recalcadas lá bem no fundo, a inevitalidade da filha da puta (ou a própria puta não sei bem) da morte, e logo a separação definitiva e irreversivel dos seres que mais amas. Nessa altura gostaria de ver o que escreverias neste blog...