sexta-feira, agosto 18, 2006

Sétima Legião - Mar d'Outubro


Recebi ontem uma das melhores prendas que podia ter tido aqui em S. Francisco. Depois de uma breve troca de correspondência com o autor do Íntima Fracção, recebi um mail, com a música do genérico do programa.
Aquela música faz parte do meu imaginário há muitos anos. Recordo os domingos e aquela angústia pelo fim de semana que terminava e então, na cama, ligava o meu velho rádio da Sony, um daqueles cubos cinzentos com som anacrónico, para quase exclusivamente ouvir o genérico do programa. É absolutamente perfeito. Terrivelmente bonito. Mágico, misterioso ou místico. Com sons de flautas que me faziam lembrar as corujas ou mochos de qualquer bosque encantado. Foram muitas semanas que adormeci ao som do programa.

Não fazia a mínima ideia onde o Francisco Amaral tinha desencantado tamanha preciosidade. Nunca imaginei que estivesse tão perto... É uma música do primeiro álbum dos Sétima Legião, um grupo também ele dos meus tempos de adolescente. Julgo que a primeira vez que os ouvi mais a sério subia a rua Passos Manuel com o meu irmão. Ouvíamos a música num daqueles walkman antigos, do tamanho de meio tijolo. A minha primeira reacção foi dizer que não gostava. Mas ficou lá. Terá sido o meu primeiro grupo com uma influência claramente étnica, neste caso de origens celtas. Depois vieram muitos outros, e muita gente teve que sofrer com os meus gostos pela musica folk pura e dura. Pelas harpas, gaitas de foles, uilleann pipes e afins. Foi um universo novo que se abriu...

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