Hoje tive uma discussãozita com o chefe. Eu achava uma coisa num doente e ele outra. Ou melhor, ele dizia que eu poderia ter razão no diagnóstico, mas que não tínhamos dados para afirmar isso. Penso que intelectualmente ele estava a ser mais honesto que eu. Eu tinha sobretudo uma intuição e continuo a achar que o diagnóstico que propunha estava certo. Ele perguntou-me o que é que eu faria. Eu disse-lhe que em Portugal eu tentaria convencer os cirurgiões a ir ao bloco.
Ele não os tentou convencer mas explicou-lhes os diferentes dados do problema. Penso que decidiram operar a doente. Não sei se amanhã saberei se tinha razão ou não. Mas apesar de ter ficado irritado com a sua alergia às minhas sugestões, dado que não é a primeira vez, acabo, à posteriori, por admitir que ele está mais certo que eu. E que apesar de admitir um diagnóstico como possível, não se deixou levar por algum entusiasmo e manteve-se agarrado aos dados mais objectivos. Fiquei a admirá-lo por isso. E pedi-lhe desculpa pela minha teimosia e insistência. Fiquei sem saber se ficou aborrecido pelo confronto de opinião...
Espero que a doente tenha mesmo aquilo que afirmei. Porque era uma doente com um risco cirúrgico elevado. E porque sempre atenuava a minha teimosia.
terça-feira, junho 06, 2006
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1 comentário:
Isso em ti é recorrente ...a teimosia,novo é esse arrependimento.
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