O pessoal daqui lida bastante mal com o contacto. Basta ver isso nos elevadores. Mal entram no espaço fechado, que até costuma ser bastante grande para os nossos standards, colam-se às paredes, muitas vezes de costas voltadas para o centro!!!
Fui ontem para uma das ruas mais giras, com cafés engraçados, lojas de decoração, restaurantes. Filmore street. Estive num cafézito acolhedor, mais um, cheio. Ao meu lado direito estavam dois americanos típicos a jogar scrabble de forma profissional, com diccionário e tudo para tirar teimas. Iam comentando as raparigas que entravam e saiam, tentando adivinhar pela atitude postural delas se estavam disponíveis ou não!!!
À minha esquerda sentou-se um casal atípico, que não parecia emparelhar nada um com o outro. Mas meteram conversa comigo e foi engraçado. Ela era vietnamita. Ele argentino. Ela investigadora. Ele cirurgião. Ela já tinha vivido em Buenos Aires e arranhava o castelhano. Ele tinha feito um estágio, semelhante ao que eu estou a fazer aqui, em Barcelona. Ela mais faladora. Ele mais reservado. Com aquela carapaça que os latinos têm que é uma forma de testar os outros. Mas que foi facilmente quebrada quando falei da vida de Buenos Aires, da beleza das ruas, dos cafés, das paisagens dos grandes espaços e, claro, das argentinas. Os olhos dele brilharam... Não me pareceu muito adaptado... ou feliz... Mas quem o for, que atire a primeira pedra...
sexta-feira, abril 07, 2006
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